3 motivos pelos quais você deve fazer um amigo secreto erótico

Por Natália Campanholo

Confira a seguir 3 motivos pelos quais você deve fazer um amigo secreto erótico nas celebrações de final de ano:

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1 – saia do óbvio e desmistifique tabus!

Ninguém merece ganhar aquele presente chato ou nem tão legal assim que você tem certeza quando abre que vai acabar não usando! Ganhar um brinquedo erótico é prazer garantido e promoção de bem estar tanto para quem vai presentear quanto para a pessoa sortuda que vai receber!

2 – boas risadas e diversão garantida pra toda a turma! 

Fazer um amigo secreto erótico vai arrancar boas risadas de você e da sua turma de amigos, colegas de trabalho, familiares ou seja lá qual for a sua tribo de pessoas queridas…é uma ótima maneira de estreitar ainda mais os laços e aumentar a diversão compartilhando histórias sobre as experiências já vividas e as futuras que podem acontecer. Já imaginou surpreender com um presente inusitado e interessante, como um vibrador estimulador de clitóris em formato de porquinho ou um delicioso sugador em formato de rosa? Todas as pessoas vão querer ser escolhidas por você no próximo ano!

3 – você vai fazer alguém gozar! 

Tem coisa melhor do que ajudar a melhorar a saúde mental e sexual de uma pessoa? Você sabia que em pleno século 21 (infelizmente) há mulheres que nunca tiveram um orgasmo? Gozar é transformador e pode mudar totalmente a vida de uma pessoa! Que tal espalhar a palavra do vibrador e muito prazer?

Devora Sex Shop separou os produtos mais vendidos e deu dicas mostrando os diferentes tipos de vibradores (veja a lista abaixo). Clique aqui para conhecer o catálogo completo da loja online de Mirassol.

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RIFA ERÓTICA

Que tal concorrer a um DELICIOSO sugador de clitóris! com apenas R$10 você pode escolher o seu número da sorte e participar! O sorteio acontece dia 22/12/2022. Entre em contato através do WhatsApp (17) 98183-2166 e garanta o seu! 

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“Como criar um quarto do sexo” – dica da Devora

Por Natália Campanholo

A dica erótica de hoje da Devora Sex Shop é a série “How to Build a Sex Room”, em português, Como criar um quarto do sexo”, disponível na Netflix. Com muito humor, talento e tratando o sexo com a naturalidade que ele merece, a designer Melanie Rose projeta ambientes picantes e totalmente diferentes para que pessoas possam se reconectar e apimentar as relações.

Os quartos sempre tem temas exclusivos como Moulin Rouge, spa luxuoso, porão rock n’ roll, fetichista do campo, entre outros, e variam de acordo com a personalidade dos participantes. Durante o processo, para testar seus limites e conhecer o que eles gostam ou não, ela apresenta brinquedos eróticos e práticas sexuais como roleplaying, shibari e BDSM, são verdadeiras aulas!  

Reprodução: Netflix

Casais heterossexuais em crise, casais LGBTQIA+, família poliamor, uma recém-divorciada, amores que caíram na rotina com o nascimento dos filhos, todos querem a oportunidade de viver novos momentos. Melanie não cria apenas um novo ambiente (o que já seria fantástico porque ela equipa com TUDO novo mesmo, do azulejo ao sex toy – tudo lindo e aparentemente caaaaaro) mas faz muito mais, é divertida e natural ao falar sobre sexo e questionar a vida sexual dos casais, rompendo com bloqueios e tabus. Ela escuta as necessidades emocionais e as fantasias de todos, os ajuda a se reaproximarem através dos novos quartos do sexo construídos em suas próprias casas, mostrando o quanto explorar outros sentidos é importante para soltar a criatividade de pessoas que sentem amor e desejo mas estão desconectadas por diversos motivos.

Além de mudar as estruturas das casas, a reforma muda principalmente as relações que ganham novos estímulos sensoriais, texturas e ambientes com instrumentos que potencializam as curiosidades, mostrando como o sexo é parte fundamental para a saúde das nossas vidas. Achei muito incrível como ela ensina as pessoas a reaprenderem a fazer sexo, a terem um novo olhar sobre ele, a ampliarem a conexão através do autoconhecimento e de brinquedos eróticos, criando novos momentos solo, a dois…ou a sete!

Vale muito a pena assistir tanto pra quem deseja esquentar a relação quanto pra quem realmente pensa em criar um novo ambiente voltado exclusivamente para o prazer em casa, ela dá ideias ótimas. Aliás, qual é o seu fetiche? Como seria o seu quarto do sexo? Me conta se assistir? Tô doida pra saber o que você vai achar…

Cláudia Cofí promove palestra sobre erotismo para mulheres

A comunicóloga Cláudia Cofí promove nesta quinta-feira (07.07), a palestra “Erotismo sim! Por que não?”, voltada para mulheres que desejam elevar a autoestima, estimular o erotismo, apimentar e reacender o relacionamento.

“O Erotismo promove descobertas sensoriais que estimulam a cumplicidade e a intimidade do casal, despertando o interesse de ter ou voltar a ter momentos de prazer, sexo e romance mais intensos. As mulheres terão a oportunidade de aprender técnicas para elevar a autoestima, pois tudo começa por aí, além de formas de conduta positivas dentro de um relacionamento e claro, dicas de como introduzir e praticar o erotismo a dois! O objetivo principal é mostrar como o erotismo pode ser uma ferramenta poderosa para conquistar boas mudanças e renovação a todos os tipos de relacionamentos. Vai ter coquetel e risos à vontade”, afirma Cláudia, que também é proprietária da loja de doces eróticos Nosso Loko Amor, em Mirassol.

O evento acontece na Sede Dale Carnegie, em São José do Rio Preto, às 18h30. Clientes da Devora pagam a entrada VIP R$ 35 e demais participantes pagam R$ 50. É necessário confirmar presença através do WhatsApp (17) 98205-0319.

“Também serão apresentados produtos do universo erótico, com a intenção de desmistificar tais artigos, mostrando como podem ser aliados a saúde sexual do casal”, finaliza a palestrante.

SERVIÇO

Onde? Sede Dale Carnegie

Rua Francisco Cal. 156 – São José do Rio Preto

Quando? 7 de julho, às 18h30

Como participar?

Valor normal R$ 50

Clientes VIP R$ 35

Confirme presença: (17) 98205-0319

Masturbação é Traição?

Por Natália Campanholo

Com incentivos mas também muitas críticas, a personagem Rebeca da novela “Um Lugar ao Sol”, interpretada brilhantemente pela atriz Andrea Beltrão, tem repercutido nas redes sociais após a exibição de uma cena masturbando-se durante o horário nobre da TV brasileira. Em entrevista ao O Globo a atriz revelou que é importante falar sobre temas ainda considerados tabus. 

“Achava que essa cena nem iria passar. Pensei: ‘Será? Nove horas da noite’. Nesses tempos tão retrógrados, tão Idade Média politicamente falando, tão Bíblia na mão, com todo respeito à religião de cada um… Quando foi ao ar, falei: ‘Ah, que ótimo’. Me mandaram algumas coisas de pessoas dizendo: ‘Que absurdo uma mulher se masturbando na hora do jantar’. Bom, é que a gente não escolhe exatamente a hora que vai se masturbar, né? Cada mulher se masturba na hora que dá vontade nela. Achei bom, achei um bom barulho, um bom combate, uma boa provocação”, disse a atriz.

Quando o marido da personagem sai do banho e flagra a cena da mulher se tocando os dois começam a discutir. Clique para assistir (https://gshow.globo.com/novelas/um-lugar-ao-sol/noticia/autora-de-um-lugar-ao-sol-comenta-cena-de-masturbacao-de-rebeca-mulheres-tambem-sentem-prazer-e-desejo.ghtml).

Cena de masturbação causou polêmica (Reprodução: Rede Globo)

Infelizmente, o julgamento não acontece apenas na ficção, muitas mulheres ainda são rotuladas por tocar o próprio corpo e em alguns casos o ato é considerado até traição.

Questionamos o psicanalista Leandro Azeredo de Brito: afinal, masturbação é traição? Ele trouxe apontamentos muito interessantes a respeito do assunto. Confira:

“É preciso considerar, antes de tudo, que o que sentimos como traição é sempre a quebra de um pacto. Toda relação se funda num tipo de pacto que é em parte, expresso, mas em outra parte ele é apenas pressuposto. O que pode? O que não pode dentro e fora da relação? A questão é que os pactos tendem a funcionar tanto melhor quanto mais estiverem calcados nas fantasias sexuais primárias de cada um.

Sendo assim, para considerar a masturbação uma forma de traição é preciso ter como pressuposto um tipo de pacto em que a sexualidade do parceiro ou parceira só possa existir dentro da relação. Normalmente, aqueles que consideram que deve ser assim têm dificuldade em suportar qualquer expressão de individualidade do outro. O ciúme é um tipo de afeto que está diretamente ligado à frustração de não controlar o outro. Se tentar controlar a vida de alguém será sempre frustrante, seria razoável tentar controlar as fantasias, que são baseadas em matrizes inconscientes, incontroláveis para o próprio sujeito? Seria ponderável controlar a relação do parceiro com seu próprio corpo, descobrindo seus pontos de prazer mais intensos?

 A sexualidade de qualquer pessoa, portanto, não se limita ao sexo praticado com o parceiro, mas é atravessada por muitas fantasias, que na prática da masturbação podem encontrar caminho até a consciência.

Em um estudo denominado relatório Hite (The  Hite  report:  a  nationwide  study  of  female  sexuality.  New York: Seven  Stories), 95%  das  mulheres  que  se  masturbavam atingiam  o  orgasmo  facilmente  e  regularmente,  sempre  que  queriam,  a  ponto de  muitas  delas  colocarem  masturbação  e  orgasmo  como  quase  sinônimos, presumindo  que  a  masturbação  inclui  o  orgasmo.  Na contrapartida, a porcentagem  de  mulheres  que  nunca  haviam  tido  orgasmo  foi  cinco  vezes maior  entre  as  que  nunca  haviam  se  masturbado,  e  a  maioria  das mulheres  que  nunca  tinha  tido  um  orgasmo  também  nunca  tinha  se masturbado.  Isso levou o pesquisador a  afirmar  que  “o  melhor  meio  para  aprender  o orgasmo  é  se  masturbar”.

O que compreendemos hoje sobre a masturbação é que ela pode ser um poderoso instrumento de autoconhecimento, e conhecer o próprio corpo, assim como permitir-se entrar em contato com suas fantasias, traz não apenas benefícios individuais, mas tem potencial de melhorar a relação do casal.”, explica Leandro.

E você, o que pensa sobre masturbação? O Blog da Devora quer saber também a sua opinião. Deixe o seu comentário <3

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conto | enviado por “Menina”

Pedimos para quem acompanha as nossas redes sociais contar uma experiência erótica excitante que tenha vivido. A devoradora que pediu para ser chamada de “Menina” enviou a história dela. O conto ganhou ainda uma ilustração exclusiva. Confira:

“Eu conheci ele quando era bem nova, tinha apenas 14 anos, foi meu primeiro “namorado” só que ele era bem mais velho e, na época, tinha 24 anos. Aos 16 anos tive minha primeira vez com ele e foi tudo maravilhoso mas depois nos afastamos…

Uns 2 anos depois, eu estava no primeiro ano da faculdade, em uma festa bebendo como se não houvesse amanhã, e ele também estava lá, era como se o tempo tivesse voltado e todo aquele amor adolescente voltasse…

Bebida vai, cachaça vem, eu já estava bem alta, e começamos a nos pegar. Larguei ele e fui para a piscina com as minhas amigas e pouco tempo depois precisei ir para o quarto trocar de roupa. Ele foi logo atrás e foi aí que tudo começou…

Ele era tão bom comigo, me deixava tremendo com o mínimo de esforço, quando dei por mim já estávamos transando ali, mesmo com a festa rolando do lado de fora, mas era como se estivéssemos completamente isolados. Bom, não estávamos. Um colega entrou no quarto e nos pegou…o clima esfriou com o flagra e paramos por ali mesmo…”

E você? Tem alguma experiência sexual marcante na sua vida? Compartilhe a sua história!

Instinto Selvagem – Sexo e Poder

Reflexões sobre o filme Instinto Selvagem de Paul Verhoeven

Por Leandro Azeredo de Brito*

Em 1992 foi lançado o Filme Instinto Selvagem, que marcou época e apesar de quase 30 anos passados, até hoje provoca o espectador com sua trama que não oferece resolução, mas se estrutura numa estética onde várias possibilidades se oferecem.

Na produção, dirigida por Paul Verhoeven, o detetive Nick (Michel
Douglas) investiga a escritora Catherine Tramell (Sharon Stone), acusada do assassinato de seu namorado Johnny Boz. Nick, no entanto, vai ficando cada vez mais envolvido pela investigada, e o enredo fica ainda mais intrigante quando a ex-namorada de Nick, uma psiquiatra forense, percebe que o assassinato de Jonhny Boz tem o formato idêntico a uma cena de um livro da própria escritora suspeita.

Do que se trata Instinto Selvagem? Há muito tempo o corpo feminino
é tabu, e talvez por extensão, o lugar do feminino como um todo seja também alvo de receio. O fato é que estamos tomando consciência disso agora, mas em nossa cultura, construímos um sintoma enorme que hoje pode ser chamado misoginia. Colocamos no lugar de um objeto que seria fonte de disruptura, de erro e de pecado, a mulher e não o homem, fazendo uma divisão sexual do valor, que resultou tanto em narrativas como Adão e Eva quanto em caçadas às bruxas. Mas por que fizemos isso?

Pela ótica da psicanálise, isso tem origem numa lógica fálica, que
ordena as nossas relações a partir de uma mínima diferença entre corpos masculinos e femininos, uma lógica que diz: eu tenho, você não tem, logo eu tenho poder, você não, escondendo que por trás de uma aparente diferença, somos igualmente seres sexuados.

A questão é que o órgão sexual feminino está oculto, sua
sensoriedade é muito mais misteriosa e temos medo daquilo que é enigmático. Já o masculino está explícito. Um pênis ereto é visível. O orgasmo masculino é evidente. Como a materialidade do corpo masculino é explícita, no inconsciente e através do discurso que atravessa o tempo, ele é sentido como aquilo que afirma, como verdade que se mostra e que se revela. Já o feminino, enigmático, é atravessado historicamente por um medo arraigado em nossos inconscientes, um pavor de que a mulher teria algo de perigoso, de traidor, de ardiloso e teatral, já que não temos acesso total a ela. Os olhos de Capitu seriam então, os olhos de todas as mulheres, olhos de ressaca, olhos de cigana oblíqua e dissimulada.

Apesar dos ideais de igualdade da Revolução Francesa, a mulher tem
seus direitos revogados, sendo confinada em uma natureza feminina, uma
imagem como naturalmente sensual e desmedida, ao mesmo tempo sensível e amorosa, destinada ao casamento e a maternidade, funções que só aceitará exercer se for domesticada.

E a sexualidade da mulher? Como funciona? Ela goza? Gozou ou
fingiu que gozou? E a gravidez? Será que o filho é meu? O fato da parte genital da mulher ser intrincada, de não ser visível como o órgão masculino, vai ser gatilho para nossos fantasmas. Não é visível, não é controlável, isso é gerador de angústia. Como é possível dominar?

O curioso é que esse fato, na verdade, torna o feminino realmente
muito mais indomável e extremamente poderoso. O que temos feito então? Usamos a força para aplacar a angústia. Isso fica claro na mais famosa cena do filme, onde Catherine será interrogada por cinco homens, mas dispensa um advogado. “Não tenho nada a esconder”, diz a escritora. Será? Ela acende um cigarro, símbolo fálico, e é advertida de que não poderia fumar ali, mas desobedece e devolve, confiante e forte: “O que vai fazer? Vai me acusar de fumar?”.

Catherine ocupa todos os lugares de poder, o masculino, explícito e
representado na imagem do cigarro, e o feminino: “eu gostava de transar com ele (ex-namorado), porque ele não tinha medo de experimentar”.

Catherine não é pega no detector de mentira, o que alimenta a angústia masculina frente ao poder feminino, angústia que se manifesta de várias formas na cena: “Você o amarrava?” – pergunta o policial sobre o ex-namorado assassinado.

Conforme o interrogatório segue, Catherine mexe no cabelo, tira o
casaco e começa ela a fazer perguntas, invertendo o jogo.

“Já transou com alguém depois de casado, Nick?” “Como sabia que ele era casado?” Pergunta o policial. “Talvez eu esteja supondo”, e deixa os homens da sala totalmente presos em um labirinto emocional quando, na famosa cena da cruzada de pernas, deixa por um segundo apenas, transparecer que está sem calcinha.

O feminino é enigmático, seu corpo e seu lugar. Deixa-se penetrar
sem medo, mas justamente por isso provoca ansiedade e pavor no homem. Então demonizamos e depreciamos o lugar da mulher na tentativa de controlar a própria angústia, porque no fundo, sabemos que o privilégio e o poder do homem, vindo do falo, não se sustenta sem esforço e sem violência, já que a mulher, por ser mistério, consegue ocupar todos os lugares de poder, o lugar fálico e o lugar de enigma, daquilo que está oculto.


Será Catherine a culpada?

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Sobre o autor do artigo:

Leandro Azeredo de Brito é psicólogo e pós-graduado em psicanálise pelo Núcleo de Pesquisas Psicanalíticas (NPP). Natural de Mirassol, se interessa por filosofia, música, literatura e ciências em geral. Atende profissionalmente em clínica localizada em São José do Rio Preto. Contato (17) 98801-1905.

conto | Monte dos Beijos

Conto erótico escrito por Willian Gabriel Munhoz @doverboluar

Ilustrações por Nathan Tuglia @b.e.e.p.16

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Parei o carro embaixo de uma árvore e sentei no capô para ver o pôr do sol. Aquele pasto era bem frequentado por oferecer uma vista incrível da cidade, mas aparentemente estava só eu por ali. Abri um latão e acendi meu beck, deixei o rádio baixinho, tocando Oasis.

 As cores faziam uma escada de sorvete no céu; pêssego, laranja, morango, cereja… tudo derretendo em muito limão. O calor estava agradável e a brisa suave, dava pra fumar e se refrescar sem precisar ficar acendendo o banza toda hora ou jogando o resto da cerveja por esquentar muito rápido.

 Mais ou menos meia hora que já era noite e a atmosfera melhorou, alguns vagalumes inclusive brincavam lá na frente, bem depois, abaixo do barranco. Estrelas se revelando acima e ao redor pelo horizonte, mostrando a inspiração das decorações natalinas pelo caminho. Mudei a estação para Beyoncé e curti a vibe. A cidade agora fervia em vultos de luzes e pontilhados dos postes, que a essa distância eram como velas num grande bolo aceso no horizonte.

 Fui ao lado do passageiro do carro e me enfiei pela janela para pegar a bolsinha do bagulho no porta-luvas. Quando saí, outro carro chegou e parou há alguns metros. Dois caras dentro dele, o motorista acenou e retribui o aceno. Tocava 6 Inch nesse momento.

 Daí eu já tinha dichavado, tava bolando, um deles se aproximou, acho que o outro, que eu não tinha visto direito. Estava uma noite bem clara, então mesmo com seu rosto em sombras, dava para ver que seus traços me atraíam, principalmente por terem algo de gentil neles, misturados com um olhar firme.

– E aí, tudo bem? – ele perguntou se aproximando – você tem uma seda pra me arrumar?

 – Opa, tenho sim, claro – estendi a mão com a caixinha de seda pra ele –  pega duas.

 – Ah, valeu.

–  Por nada.

 Ele se afastou e reparei uma tatuagem no pescoço, abaixo da nuca e de seu cabelo raspado, mas não dava para ver o que era. Também posso acrescentar que ele era cheiroso. Enfim.

 Eu estava indo para o terceiro e penúltimo latão. No fim do segundo beck. Já tinha passado a Bey, a Rihrih, agora ouvia Katy e já dançava sozinho meio besta de chapado.

– Oi de novo – o moço que eu ainda não sabia o nome apareceu do meu lado; perto demais talvez, para o nível de introspecção que eu estava. Levei um susto e dei um grito breve, mas esquisito. Ele pediu desculpas, mas segurava um riso.

– Tudo bem, eu só não tinha visto você chegando. – respondi com cara de bobo, imagino.

 Ele se apresentou –  Gustavo;  e me convidou para me juntar aos dois; ao mesmo tempo que o outro cara já estava estacionando ali ao lado. Então desceu com um sorriso amigável, mão estendida, cumprimentamo-nos, e ofereci o último latão. Eles estavam bebendo vodka com energético, tiraram um cooler do banco de trás, com gelo e um copo extra – que tomei posse depois; também pegaram um pano bem grande e estenderam no chão entre os carros, para sentarmos.

 Conversamos muito enquanto bebíamos e me contaram que estavam no começo de um namoro. O Gustavo tinha se mudado para a cidade há alguns meses e estava trabalhando no mesmo lugar que o Marcelo, onde se conheceram. Um pet shop na avenida principal. Marcelo trabalhava lá há cinco anos, disse que o último gerente, embora eficiente, era um escroto, mas por sorte, o atual era um anjo.

– E como é pra vocês trabalharem juntos, em relação aos outros funcionários? – perguntei.

 – Ah, é de boa – o Gustavo respondeu – a galera sempre foi amiga do Ma, e foram super acolhedores quando cheguei.

– É fácil acolher um cara lindo desses, não acha? – Marcelo me perguntou enquanto apertava o queixo do Gustavo.

 – É sim, vocês formam um lindo casal inclusive.

– Obrigado – Marcelo respondeu, dando um beijão na boca do Gustavo.

 Contaram mais sobre a loja, sobre esses meses de adaptação. Era a segunda vez que Gustavo trabalhava como gerente, mas a primeira tendo sua sexualidade assumida e ainda por cima, namorando outro funcionário. Falei um pouco de mim, das delícias e tédios de se trabalhar em uma biblioteca, da minha jornada de independência em me mudar de uma cidade menor, etc. Descobrimos que eles moravam perto do meu trabalho, que éramos os três librianos e que Marcelo e eu compartilhávamos o veganismo.

 A certo ponto, sinceramente, nem sei como ainda tínhamos papo. Mas definitivamente estávamos muito bêbados e falando enrolado. Já tinha visto dois carros pararem ali perto, beberem, fumarem e ir embora. Não tinha noção da hora, mas também não me importava. Fazia um bom tempo que era só a gente ali.

 O Gustavo se levantou pra fazer xixi e o Marcelo foi atrás, mas pararam a um metro, de costas para mim e de frente para a noite e a cidade dentro dela.

– Hey, Rô – o Gustavo quem me chamou – vamos ver quem mija mais longe?

 Comecei a rir e levantei, parando entre os dois. Tirei o pau pra fora e cantarolei até começar a fazer xixi. Olhei para eles, estavam rindo e fazendo xixi também. Poderia ser bem erótico até, além de idiota – e foi; mas neste momento, assim como você que estiver lendo, eu só tinha o som dessa cena e as sensações do ambiente, pois havia escurecido mais, e sendo asssim, ninguém saberia dizer quem ganhou.

 Voltei para o pano e eles também, Marcelo me joga um papinho de que não deu para ver quem tinha o pau maior. E o Gustavo respondeu que se ele se importava com aquilo, eles teriam que conversar. Ficou um climão por uns quinze segundos e começamos a rir. Enquanto ríamos, eles começaram a se beijar e de repente, de alguma forma – eu juro que não lembro – era um beijo triplo e a mão do Gustavo estava dentro da minha camiseta.

 Parei por um segundo, afastei-me do rosto deles, olhei bem para seus olhos iluminados pela luz tímida de um lampião de plástico em cima do carro. Os do Gustavo, castanhos como os meus, os do Marcelo, pretos como pérolas. Um triângulo de segurança se formou e voltei-me à salada de lábios.

  Agora, de olhos fechados, apenas senti. A mistura dos perfumes e os vinte dedos correndo meu corpo, às vezes todos, às vezes, quinze, às vezes, dez, cinco, nenhum, todos outra vez… E os meus correndo um corpo, correndo por dois, em nenhum, vagando no ar de uma pele para outra, de volta aos dois outra vez… Membros se jogando em cima de membros… A coxa do Marcelo em cima da minha, a parte esquerda da bunda encaixada com a minha cintura; o pé do gustavo em cima da minha canela. Nós três excitados, nós três ainda vestidos.

 Pescoços beijados, pálpebras beijadas, braços beijados, viramos máquinas de beijos, datilografando carícias quentes como pães de queijo saindo do forno. E a fome aumentando, a consciência focando e as roupas saindo viradas nos forros. De repente o Marcelo pegou meus punhos, juntou atrás das minhas costas com uma mão e segurou meu pescoço com a outra. O Gustavo veio de lado, abaixou minha calça, minha cueca e enfiou a cabeça embaixo das minhas pernas, chupando minhas bolas.

 Olhei para baixo enquanto ele se ajeitava, antes dele virar o rosto e quase me fazer gozar só usando a língua na minha próstata; e de perto pude reconhecer o desenho de sua tatuagem abaixo da nuca, era uma árvore dentro de um círculo, com os galhos e raízes saindo para fora. Ele me explicou depois, significava liberdade dentro do que ele via como ordem; achei bonito isso que ele disse e a tatuagem também. Mas quando senti ali embaixo ficar úmido e a carne passeando entre os meus pelos, tudo que pude fazer foi gemer.

 Ficamos assim por um momento, enquanto Marcelo beijava minha boca, meu pescoço e orelha e Gustavo chupava minhas bolas, às vezes lambia o começo do pau. Depois revezaram, fazendo-me sentir um rei que haveria de ter encomendado orgamos para uma noite casual.

 Até que estávamos os três eretos, beijando e beijando de novo, em dois, em três, as mãos nas bundas, nas costas, em mamilos, clavículas… Então a palma da minha mão direita parou na bunda do Gustavo e quando apertei e um gemidinho saiu de sua boca dentro da minha, abaixei imediatamente e comecei a lamber o seu cu, apertando ainda mais os dois lados da bunda, às vezes mordendo. Agora eles se beijavam e eu lambia e mordia e chupava a bunda e o cu do Gustavo, como quem cuida do palácio, como quem aprecia um banquete, como quem nina um amor querido, como quem bebe água em tarde quente.

 Marcelo se abaixou e pegou duas camisinhas no bolso de sua calça, olhou para nós dois e perguntou se estávamos afim. Eu disse decididamente que sim, Gustavo também. Enquanto ele pegava um lubrificante em seu carro, continuei cuidando da bunda do Gustavo, com todo carinho do mundo.

 Quando voltou, abaixou-se atrás de mim, colocou o dedo melado de gel no meio da minha bunda e passou, colocando a pontinha um pouco lá dentro e girando. Repetiu isso duas vezes, beijando minhas costas e passando uma embalagem para minha mão. Foi quando me levantei, passei o lubrificante no Gustavo e coloquei o meu pau dentro dele. Ao passo que me empinei um pouco e o Marcelo colocou o dele dentro de mim.

 Senti meu cu sendo comido enquanto meu pau era recebido em outro, e meu corpo nem pendia, nem era esmagado. Fluímos como uma dança ensaiada, dando espaço e apoio um para o outro. Enquanto a madrugada inundava tudo ao redor, com a cidade se fazendo um risco dourado embaixo de um infinito azul prateado. Orgasmos e orgasmos. O cheiro de sereno no mato, o suor salgado descendo em afetos. O encontro de barrigas e costas, os equívocos de palavras que são apenas sons, os cabelos derrubando perfumes, os peitos pegando fogo nos gestos.

 Quando me vesti de novo, perto das três da manhã e me deitei atrás do Marcelo no pano, que dormia formando conchinha no Gustavo, percebi que estava grudando de porra, que minhas meias estavam marrons de terra e que tinha folhas nas roupas.

 Os dois dormiam como bebês, e nós três fedíamos a álcool. Mas deu tudo certo quando amanheceu, recolhemos o lixo, bebemos água e marcamos um próximo encontro…

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Conversa com Carol Drudi

“Será que você consegue por algumas horas deixar todas as suas inseguranças de lado e se permitir sentir prazer plenamente?”, pergunta a filósofa e artista visual Carol Drudi. Em um bate-papo com a Devora, ela revela como está sendo aprender a lidar com a própria sexualidade. Também comenta sobre maternidade e relacionamentos.

Confira a seguir a nossa conversa e as imagens de seu primeiro ensaio fotográfico, inspirado no filme “The Dreamers” (Os Sonhadores), registrado pelo fotógrafo Ronaldo Zanchetta:

Carol Drudi é feminista e ativista cultural em Mirassol (Foto: Ronaldo Zanchetta)

Como você enxerga o corpo?

Quando eu tinha 22 anos eu comecei a estudar um assunto que por muitos é subestimado, mas que mudaria minha vida por completo. Alguém me deu um livro do Nietzsche na mão e questionou minha capacidade de compreender o filósofo. Como boa capricorniana que não pode ver um desafio como oportunidade de aprender, peguei todos os livros de filosofia que encontrei pela frente e estudei até conseguir entrar na Faculdade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Foi uma enorme surpresa quando descobri no meu primeiro dia de aula que naquela faculdade tinha um grupo de estudos sobre Nietzsche com dois professores incríveis, um que trabalha com maestria questões relacionadas ao eterno retorno e transvaloração dos valores e o outro é um dos maiores especialistas sobre niilismo no Brasil. Ambos foram meus orientadores, e através deles conheci os chamados “moralistas franceses”, nesse momento tive contato com algumas reflexões sobre o corpo e o ser, os moralistas estudavam o homem por ele mesmo, escreveu Francois de La Rochefoucauld (1): “Não são nossas virtudes, muitas vezes, mais que vícios disfarçados.”. Lendo os Ensaios de Montaigne pude ter outras reflexões acerca da auto-observação e da compreensão do corpo.

Entre todos os filósofos que estudei foi de fato Nietzsche minha maior referência. Em Zaratustra, o filósofo diz que “o corpo é a grande razão”. O autor condenava o pensamento cristão pois segundo ele, “desprezava o corpo”. Segundo o alemão, do ponto de vista biológico, nosso corpo poderia ser considerado enquanto “grande”, possuindo impulsos inconscientes e por isso suscetível às paixões. O pequeno corpo seria a relação da razão com o macro, a possibilidade que esta tem de tornar o sujeito consciente de si e do mundo, mas é considerado micro pelo filósofo pois – diferentemente da tradição – a razão aqui é vista como limitada.

Quando mudei pra concluir meu curso na cidade universitária em SP, outras questões acabaram vindo junto, pude perceber que é meio impossível passar por qualquer curso na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas na Universidade de São Paulo sem se tornar um ser mais político do que se era antes. A faculdade exalava isso, foi aí que eu comecei a ter contato com feminismo. Podia ouvir e ver algumas reuniões de coletivos feministas no meio dos corredores, era comum os alunos se unirem por todas as pautas de esquerda pra debater e se manifestar. A USP é palco de grandes formações e manifestações, não passei imune. Como mulher tive contato com o feminismo pouco antes de me tornar mãe e acho que essa sequência de aprendizados me levou ao que tenho hoje de concepção do que é o corpo e a quem pertence, quais são as regras morais que regem meu ser; quais impulsos me dominam; foram uma série de aprendizados e conhecimentos que me levaram ao que tenho hoje como certo.

Para Simone de Beauvoir, o corpo humano é possuidor de suas esferas, a passional e a racional, assim como é para Nietzsche. Entretanto, ambas as esferas não estariam inseridas numa lógica hierárquica: ao mesmo tempo que os indivíduos estão determinados por situações (contexto) subjetivas, ainda assim existe a possibilidade de fazer escolhas, sendo a liberdade fruto da racionalidade.

Unindo filosofia e política entendo que o corpo é movido por impulsos, devo e posso experimentar o que bem entender, tomando o cuidado apenas de medir em que grau consumo o que consumo. Não há pecado em experimentar, não há condenações eternas. Apenas tentativa e erro. Mas sobretudo respeitar o próprio limite do corpo e estar disposto a tentar ultrapassar as próprias barreiras. A vida é essa, não existe outra, é nessa que devo viver tudo aquilo que estou disposta a viver e nisso implica se amar livremente.

É um preço alto, mas será que você consegue por algumas horas deixar todas suas inseguranças de lado e se permitir sentir prazer plenamente? Porque esse é o lance, se permitir.“, afirma Carol (Foto: Ronaldo Zanchetta)

Como é a sua relação com o seu?

Posteriormente ao curso de filosofia me tornei mãe, gestei minha filha no meu ventre e pari de forma natural, foi um parto humanizado, uma gestação consciente de cada etapa, essa experiência por si só foi bastante libertadora. Existem muitos tabus acerca da sexualidade na maternidade, mas posso dizer com segurança que é um momento de profundo conhecimento do próprio corpo. Me senti eu mesma o próprio Montaigne, fazendo diário do que comia e como meu corpo reagia, foi uma experiência que somada a amamentação em livre demanda até minha filha ter 5 anos me fizeram compreender como o meu corpo funciona e o que funciona ou não pra mim. Principalmente depois de amamentar assim, ter que ceder o corpo me fez compreender e valorizar que o meu corpo pertence somente a mim. Observando sempre, analisando as oscilações normais de humor e impulsos, compreendendo e tendo paciência com o próprio tempo. O corpo da mulher tem outras formas de se relacionar com o mundo e o universo, é um alinhamento que favorece ou desfavorece como nos sentimos, são inúmeros fatores e com eles a única coisa que podemos fazer é ter paciência e respeitar nossos processos.

Foto: Ronaldo Zanchetta

Não existe uma receita, minha história diz somente a minha história, a vida das mulheres se assemelha em fatores, principalmente como somos reprimidas, mas é impossível passar uma fórmula de como se “libertar” sexualmente, acho que um bom ponto de partida é se respeitar primeiro e passar por cima de muitos conflitos internos, estar disposta a lidar com questões profundas do seu próprio ser e o mais importante, se permitir sentir prazer, porque essa é a questão, o quanto nós mulheres nos permitimos e o que estamos sujeitas a receber da sociedade por isso. É um preço alto, mas será que você consegue por algumas horas deixar todas suas inseguranças de lado e se permitir sentir prazer plenamente? Porque esse é o lance, se permitir.

Foto: Ronaldo Zanchetta
Foto: Ronaldo Zanchetta

Como foi o seu processo de descoberta da sua sexualidade?

Posso dizer que está sendo. Diferente de homens que tem sua vida sexual elaborada desde muito novos, nós mulheres somos reprimidas até depois de adultas, somos sexualmente exploradas desde sempre, porém pouco sabemos sobre nosso corpo, nossa sexualidade. Não é incomum uma mulher crescer e passar a vida toda sem conhecer o próprio corpo, eu mesma passei boa parte da minha vida adulta fazendo sexo pelos motivos errados, por isso que falamos em “processo” e “descoberta”, de fato é um processo, se desvincular do que fomos ensinadas toda a vida, soltar todos os preconceitos, os próprios julgamentos, os traumas que já passamos (que só pioram muito mais esse entendimento sobre o próprio corpo). É como se redescobrir e amar cada parte de liberdade que consegue conquistar, é um processo de soltar amarras e se perceber ser autônomo e livre, é emancipador.

Foto: Ronaldo Zanchetta

Meu processo começa quando eu tinha 16 anos, no meu primeiro namoro monogâmico longo, no qual perdi minha virgindade, durante todo o namoro só me relacionei com ele, mas depois de descobrir que era traída com frequência terminamos. Me mudei para SP onde conheci meu segundo namorado, outro namoro longo e monogâmico. Eu tinha 21 anos quando tive meu primeiro orgasmo, com esse segundo namorado. Achei aquilo um acontecimento, porque eu nunca tinha tido um antes, pensem comigo… só aí já são cinco anos onde eu só dei prazer e não recebi. Eu sempre servi meus namoros, não era como se faltasse sexo. Porém, orgasmo mesmo era um acontecimento pra mim e foi sendo assim até meus 29 anos.

Foto: Ronaldo Zanchetta

Tive vários namoros monogâmicos longos durante minha vida, dos meus 16 anos até os 29 anos eu namorei, passei a vida namorando, tive relações bastante intensas nas quais me apaixonei profundamente, até casada fui. O sexo era legal, quase como um esporte, mas olhando hoje penso “eu não fazia ideia do que estava fazendo”. Eu precisei casar, ter uma filha, me tornar mãe antes, ceder meu corpo para a maternidade, amamentar minha filha, pra só depois de tudo isso ter acesso a minha libido. Foram 14 anos dando prazer para homem, e o dia que percebi isso acho que foi o dia que estabeleci novas regras de comportamento pra mim mesma. Chegou um determinado momento da minha vida que já munida de conhecimento suficiente acerca de quem eu era, do que eu queria e do que eu não gostava, eu quis finalmente descobrir o que eu gostava.

Foto: Ronaldo Zanchetta

A partir de então eu só faria sexo de novo quando eu quisesse, não iria mais me submeter a transar com meu namorado só para satisfazer o desejo dele, percebi que isso era um desrespeito absurdo com todo o meu ser. O sexo mudou totalmente, eu descobri os sentidos de uma forma muito mais amplificada e sincera, conclui que o que eu entendia de sexo estava equivocado, moldado num consumo masculino e machista do sexo e do corpo feminino. O sexo pra ser bom mesmo tem que ser totalmente sincero e se não for pra me sentir totalmente a vontade é melhor não fazer, se eu fizer é só por que eu quero. Deixei pra trás o medo de como vão me ver, a raiva do assédio constante, os traumas que me machucavam, meus próprios julgamentos, os pecados da sociedade e tomei controle do que eu queria sentir no meu corpo e foi maravilhoso, é maravilhoso. Se o sexo não for assim, se não for leve, não for algo que te deixe a vontade então se poupe. Trabalhe seu emocional antes de tentar liberar todas suas paixões, mesmo por que as cobranças sociais são grandes, e a gente deve conseguir sustentar os próprios argumentos, então sejamos coerentes e cautelosos.

Hoje eu tenho 33 anos, estou acho eu, na melhor fase da minha vida, onde eu tenho total consciência de onde me encontro no mundo. Fiz meu primeiro ensaio fotográfico de nu artístico esse mês, usando o filme “The Dreamers” como referência, foi um momento muito interessante de vivenciar, aprender a se ver e se mostrar é um aprendizado diário que num ensaio como esse você encara e enfrenta mesmo suas barreiras. Uma foto como essa pode mudar como nós nos percebemos como pessoa, nos ver com o olhar de outro é realmente algo. Recomendo sim que mulheres posem pra um ensaio, do jeito que as fazem sentir bem, nuas ou não, acho que nós mulheres precisamos conseguir nos ver melhor, nos enxergar e amar como somos. Por isso digo que ainda estou em processo de me redescobrir, e não é somente no aspecto sexual, é como indivíduo, nós crescemos com a ajuda da formação de nossos pais, da escola e da sociedade, mas em algum momento nós precisamos nos desvincular desses valores e começar um processo de auto identificação para, como diria Nietzsche, transvalorar todos os valores que lhe foram passados (pela herança ou pela história) e determinar os que cabem na sua vida hoje. “Tornar-te quem tu és.” Nietzsche.

Como você se define? No mínimo como bissexual.

Qual é a sua opinião sobre como a sociedade encara a sexualidade feminina?

É uma forma bastante nociva, não se ensina educação sexual nas escolas, essa conversa ainda é bem atrasada aqui, os tabus que cercam a formação de uma moça é totalmente o oposto do ensinado aos homens. Aqui em Mirassol era comum ter festas de debutantes onde a menina que agora se tornara mulher, solteira, era apresentada para a sociedade, a festa de 15 anos. Onde o pai tem a primeira dança e a exibe perante os membros da sociedade. Todos vivemos isso, mas será que paramos para pensar nisso. Minha mãe era uma moça da alta sociedade de Mirassol, teve uma linda festa de debutante. São mensagens confusas que recebemos de todos os lados desde sempre, aqui no interior isso é bem estrutural e por isso que é tão chocante aqui ver uma foto com – pasmem – mamilos. É uma grande hipocrisia social, no meu ponto de vista, temos tantas questões urgentes e mais relevantes para serem debatidas, questões muito mais necessárias, enquanto se perde tempo com uma moral já há muito tempo já deveria estar superada. O frisson gerado pelo mamilo é maior do que o gerado pelo alto índice de feminicídio. É incoerente. Aqui no interior eu acho que essas questões são mais acentuadas, basta olhar pra Mirassol que com 110 anos de fundação somente esse ano tivemos a formação do primeiro coletivo feminista na cidade. Esse assunto aqui está em desfalque desde sempre, o que eu posso esperar de uma cidade que nunca debateu esse tema? Nada mais do que o que ela já é hoje, nociva. É nociva, mas acredito que boa informação e políticas públicas podem fazer a diferença. Que a moralidade dos costumes daqui não te façam perder o tesão na vida.

Foto: Ronaldo Zanchetta

Já sofreu algum preconceito por lidar de forma positiva com a sua sexualidade?

É engraçado pensar assim por que eu lido bem com a minha sexualidade hoje, por 14 anos estive muito mais preocupada com o prazer do meu namorado do que o meu e mesmo assim fui chamada de vagabunda tantas e tantas vezes. Hoje é uma coisa bastante superada. Ser referida de forma pejorativa deixou de me incomodar a partir do momento que me emancipei intelectualmente na faculdade de filosofia, quando paro pra pensar nisso lembro da música “Filosofia” do Noel Rosa. Eu já não me importo se a sociedade é minha inimiga. Uma questão que ainda pega é a exposição do corpo nas redes sociais, porque independentemente de como eu vejo o meu corpo, mesmo estando na minha rede muitos homens sentem isso como algum tipo de convite ao assédio. A percepção de que instagram é a vida da pessoa e que por estar exposto é algo determinado e nem sempre é isso. Parem pra pensar que as vezes a intenção é chamar atenção ou ser provocativa. A fotografia é um jeito de se perceber, principalmente quando é um ensaio profissional onde o fotógrafo traz uma proposta artística por trás. É lindo, não é um convite. É o corpo nu, despido de tudo e é só isso. Mas tenho consciência que não tenho controle sobre a percepção e o comportamento do outro, somente do meu, dito isso a postagem de uma foto de nu artístico era pra ser vista como uma foto apenas. Existem críticas reais à exploração da sexualidade do corpo feminino que feministas como eu apontam acidamente, todavia compreendo que uma mulher de burca ou despida será assediada, qualquer conteúdo pode virar pornografia na mão de qualquer pessoa, pois os impulsos sexuais são bastante subjetivos. Portanto se o ponto não é mesmo agradar o outro e sim como eu me vejo e me mostro pro mundo acho que sou coerente em dizer que me sinto livre o suficiente somente para ignorar os inúmeros assédios derivados disso e seguir meu percurso tão bem quanto me compete. Só toca meu corpo quem eu permito, não nego meu corpo nem meus impulsos, de toda natureza, avalio bem minhas paixões e impulsos, mas só chega a me tocar quem eu escolhi pra isso e fim de papo.

“… a moralidade não é outra coisa (e, portanto, não mais!) do que obediência a costumes, não importa quais sejam; mas costumes são a maneira tradicional de agir e avaliar. Em coisas nas quais nenhuma tradição manda não existe moralidade; e quanto menos a vida é determinada pela tradição, tanto menor é o círculo da moralidade. O homem livre é não moral, porque em tudo quer depender de si, não de uma tradição: em todos os estados originais da humanidade, “mau” significa o mesmo que “individual”, “livre”, “arbitrário”, “inusitado”, “inaudito”, “imprevisível”.” – Humano, demasiado humano (2).

Foto: Ronaldo Zanchetta

Sobre Carol:

Carol Drudi tem 33 anos e atua na linha de pesquisa da crítica e interpretação da filosofia nietzschiana. Nos anos de 2011 e 2012 esteve vinculada como estudante na Universidade Federal de Pelotas, participando como colaboradora do Grupo de estudos Nietzsche da UFPel, sendo editora do Blog do Grupo de Estudos Nietzsche da UFPel, no ano de 2012 como bolsista pela PROBEC pelo projeto do Blog do Grupo de Estudos Nietzsche da UFPel, recebendo orientação nesse mesmo projeto do Prof. Dr. Clademir Araldi. Participou da pesquisa “Nietzsche e os moralistas franceses” orientada pelo Prof. Dr. Luis Rubira. Ingressou no ano de 2013 na Universidade de São Paulo, no curso de filosofia, dando continuidade em sua pesquisa acerca de Nietzsche enquanto membro do GEN – Grupo de Estudos Nietzsche. Tem interesse nas áreas de crítica da moral, estética (Romantismo e a crítica do Romantismo) e na relação Nietzsche e La Rochefoucauld. Além da faculdade de Filosofia cursou Artes Visuais na Belas Artes em São Paulo, é professora de artes para crianças há mais de 10 anos. Hoje atua como promotora cultural através do Coletivo D.I.A. (Diversidade, Interior e Arte) e ativista social com o Coletivo Feminista Casa de Marias na cidade de Mirassol.

Foto: Ronaldo Zanchetta

1 – Referência Grupo de Estudos Nietzsche UFPel: La Rochefoulcauld e a influência em Nietzsche (grupodeestudosnietzsche-ufpel.blogspot.com)

2 – Referência Grupo de Estudos Nietzsche UFPel: Prefácio, Aforismos 9 e 14 – Livro I. (grupodeestudosnietzsche-ufpel.blogspot.com)

3 – SEUS, Beatrís da Silva. Simone de Beauvoir e a libertação da mulher: do existencialismo sartriano à moral da ambiguidade. Editora Phi: Porto Alegre, 2019.

conto| Espectro de Afetos

Conto erótico escrito por Willian Gabriel Munhoz @doverboluar

Ilustrações: Nathan Tuglia @b.e.e.p.16

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 Tentava explicar a um senhor de cinquenta anos que o produto que ele queria trocar não era vendido em nossa loja, que ficaríamos felizes em atendê-lo caso ele quisesse comprar algo, mas que não poderíamos receber aquela mercadoria em troca de outra. Parecia uma tarefa impossível e minha paciência já estava esgotando.

– Vocês são incompetentes, eu quero chamar a polícia. – ele resmungava.

– O senhor tem esse direito, mas vou pedir que faça isso em outro lugar, por que está interditando a fila. – pedi mais uma vez.

– Você não pode falar assim comigo, seu viado. – agora ele foi longe demais.

 Peguei o braço dele o mais gentil e firme que pude e o puxei pelos sete metros necessários até a porta. Durante o percurso, poderia dizer que houve uma resistência quase nula anexada a um par de olhos arregalados, mas o fato dele ter finalmente silenciado a boca, pra mim, já era uma vitória. Com um leve sacolejo o deixei na saída. 

– Agora o senhor pode relatar isto para polícia também, assim como sua homofobia. Quando quiser ser atendido neste estabelecimento, considere um pedido de desculpas… E inclusive, sexualidade não é ofensa. Passar bem.

 O resto da tarde seguiu quente e esquisito, com um clima fatigado de pura tensão. Era fim de mês e não tínhamos batido a meta, acaba que passar duas horas com vários clientes assistindo aquela situação toda, não ajudou muito.

 Quando deu quatro e meia, reuni o pessoal e dispensei. Fechamos mais cedo e fui para casa.

 Enquanto tirava o capacete na garagem, senti o cheiro de torta assando. Fiquei feliz que ao menos ali, eu teria outras memórias daquele dia, que seriam positivas e de afeto.

– Amor, cheguei. – anunciei, entrando pela sala

– Já vou, amor, tô terminando uma coisinha aqui – a voz dela respondeu da cozinha.

– Tudo bem, vou tomar um banho.

 A água quente e aquele sabonete vegano realmente fizeram uma diferença quase milagrosa, lavando o suor e toda aquela carga nojenta de mais cedo. Aproveitei a espuma de erva doce para me masturbar no chuveiro e foi quando minha namorada apareceu na porta do banheiro.

– Começou sem mim, é? – perguntou.

– Ah… Oi, quer entrar aqui?

– Não, pode terminar, só vim avisar que a comida tá pronta… Depois fazemos algo nós dois.

– Ok, mozão, já já eu vou… Ou você pode ficar aí e dançar pra mim…

– Rá-rá. Depois eu danço, princeso, lava tudo direitinho. – ela terminou apontando pro meu pau e saiu com uma risadinha.

 Jantamos a torta de espinafre e estava simplesmente perfeita. E foi o que eu disse a ela, enquanto agradecia, assim como sua companhia e o suco de acerola. Quando terminamos, lavei a louça e deitei com ela no sofá para vermos TV. Acordei babando na almofada, perto das dez, com ela dormindo no meu peito e babando na minha camiseta.

– Lara… vamos pra cama?

 Cambaleamos juntos até o quarto, escovamos os dentes, fizemos xixi e deitamos. Acho que em menos de quinze minutos já havíamos dormido outra vez.

 Perto das três da manhã, despertei com cabelos castanhos na boca, fazendo cócegas no meu nariz. O cheiro de coco e de sua nuca. Meu pau duro nas costas dela.

– Lara? Amor?

  Ela se mexeu um pouco.

– O que foi? – perguntou.

– Tá afim?

 Ela se virou pra mim, os olhos verdes se abrindo maiores, como flores desabrochando, sorriu, colocou a mão dentro da minha cueca e começou a me beijar. Aproximei meu corpo do dela, sentindo os seios se amassarem no meu tórax. Fui beijando sua boca, pescoço, orelha… respirando o cabelo dela como se degustasse a primavera inteira. E desci minha mão pela barriga, juntando minhas dobras com as dela até atravessar a calcinha e visitar sua vagina.

 Quando meus dedos já estavam encharcados, meu pau babando e nós dois arfávamos, abaixei o tecido de renda pelas coxas dela e fiquei pelado também. Virei sua barriga pra cima e mordisquei cada pedaço, enquanto ela acariciava minha cabeça e arranhava meus ombros. Cheguei perto da virilha com beijos mais suaves e percorri até o centro das pernas, colando meus lábios nos dela bem devagar.

Ilustração por @b.e.e.p.16

 O suco escorreu na beirada da boca, e demorei, como quem opera uma máquina complexa e eficiente e me deixei ser guiado também, como quem aprende. Ela gemia como se fosse parir, como se fosse rugir – e às vezes, eu juro, rugia. Os pelinhos eriçados se misturavam no meu bigode e todo o líquido fazia a gente se grudar feito velcro improvisado.

 Ela apertou minha cabeça com as pernas e tirou meu fôlego por alguns instantes e depois me libertou e puxou pelos braços para me beijar pelo rosto todo. Ficamos nos namorando como pré adolescentes, olhando um pra cara do outro e dando “beijicos” de açúcar.

– Posso pegar a cinta? – ela sugeriu.

– Pode sim, amor.

 

Ilustração @b.e.e.p.16

Enquanto ela se levantou e foi até o armário buscar, estiquei o braço até a gaveta ao lado da cama e peguei um lubrificante. Abri a tampa, despejei um pouco na mão e comecei a espalhar no meu cu. Ela se deitou atrás de mim, com a cinta já vestida, respirou fundo e me penetrou.

Ilustração por @b.e.e.p.16

Conforme ela entrava, abraçava minhas costelas mais forte e eu quem gemia descontroladamente agora. Debati os meus pés, que foram amparados pelos dela, e sussurrei todos os meus amores através da saliva.

 Ela me comeu até nascer o dia e voltamos a dormir, combinando que o café da manhã, eu que faria.

Ilustração @b.e.e.p.16

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Como usar o vibrador GOLFINHO PONTO G?

A masturbação feminina é considerada ainda um tabu por muitos (Ilustração @b.e.e.p.16)

 “A masturbação é uma meditação de amor-próprio”, já dizia a educadora sexual e ativista pelo prazer feminino Betty Dodson. A prática tão importante durante o processo de autodescobrimento humano, principalmente quando realizada por mulheres, durante a história foi (e infelizmente ainda é!) muito mais negligenciada, julgada, punida e silenciada. Seja por meio da imposição dos diversos dogmas construídos por religiões, políticos ou sociedade, há diversos interessados em atribuir conceitos para exercer controle sobre o prazer feminino. Ao mesmo tempo, enfrentando séculos de repressão, há novas mentes questionando e ultrapassando conceitos furados, compreendendo que é na verdade se autoconhecendo, descobrindo o próprio prazer, o que você gosta e o que não gosta, que poderá ser feliz, curtir e explorar o êxtase verdadeiramente. O corpo é um parque de diversões e não um castigo. Nada melhor do se conhecer e desfrutar as zonas erógenas mais excitantes, não é mesmo?

Os brinquedos eróticos são aliados tornando mais gostosas as descobertas. A Devora conta com um catálogo variado, com vibradores e próteses para todos os gostos mas, pensando especialmente em quem está buscando presentear-se com o primeiro vibrador, escolhemos para a dica de hoje o famoso GOLFINHO PONTO G, que está disponível em nosso site por apenas R$ 29,90, e é um delicioso amigo que vai te fazer vibrar muito durante a sua jornada.

Você conhece o seu corpo? (Ilustração @b.e.e.p.16)

Confira um pequeno passo a passo que preparamos para ajudar você a explorar o seu prazer:

  1. Dispa-se, entre na ducha e ligue o chuveiro. Observe enquanto a água desliza por toda a sua pele. Primeiro pela cabeça: sinta os cabelos, pálpebras, nariz, orelhas, boca, pescoço, peito, braços, costas…enquanto escorre pela sua bunda, pernas, pés e até quando desce pelo ralo… (esteja presente no banho e não pensando em problemas ou no trabalho ou tarefas ou em qualquer outra coisa, tire esse tempo a si mesma, você merece!). Observe, mas não se apegue, aos pensamentos e sensações enquanto se lava…sinta como todo o seu corpo reage, faça do banho uma experiência orgástica (acredite, é possível!)
  2. Continuando esse despertar sensorial, após a higienização, passe por todo o corpo um hidratante ou óleo corporal de sua preferência, sinta as suas mãos deslizando por você, espalhe o líquido e agradeça o corpo que você habita. Exalte a sua beleza, você é maravilhosa bem assim!
  3. Após a hidratação, escolha um local em que se sinta segura e confortável para relaxar e se soltar (pode ser a cama, o sofá, etc, mas proteja a superfície que você irá ficar porque eu, por exemplo, amo usar bastante lubrificante, quanto mais melhor, então pode molhar tudo! rs). Certifique-se de que neste lugar você não seja interrompida (É extremamente importante! Não rola você estar quase lá e entrar alguém abrindo a porta de surpresa, corta total a vibe, né?). Coloque para tocar aquela sua música especial que te excita e faz você querer sensualizar e transar muito (vocês querem dicas de músicas? Me avisem se sim! Amo também usar incenso e velas para climatizar o ambiente mas é opcional). Pegue o seu lubrificante íntimo (temos várias opções deliciosas disponíveis!) e espalhe por toda a vulva. Você pode começar massageando a região das coxas e a virilha, puxando a energia para cima, ou, se for mais apressada, já pode ligar o GOLFINHO e jogar também bastante lubrificante no seu explorador. Deslize o vibrador pela vulva sentindo ele vibrar, pode ir mudando a direção e ir descobrindo o seu prazer. Massageie seu clitóris com ele e sinta as áreas que mais causam excitação em você. É uma delícia inverter o biquinho (como se ele estivesse fazendo 69) e inserir no canal vaginal explorando a zona erógena G (não se esqueça que ele tem 12cm e você pode inserir até 6cm).
  4. Para ir ao êxtase, com uma mão você pode deixar o GOLFINHO vibrando no canal vaginal (cerca de 3 a 4cm adentro está localizada a área G) e com a outra mão pode massagear o clitóris (RECOMENDO! Chuva de orgasmos! Me conta se fizer? Quero saber o que achou!). Além da masturbação solo, quando estiver com alguém você pode usar o golfinho para estimular o clitóris enquanto acontece a penetração. 

Agora é com você! Essas são algumas dicas que podem te orientar a gozar gostoso sozinha ou acompanhada mas não existe regra já que cada pessoa é única e tem sensações únicas. O mais importante é você se tocar, compreender o que gosta e o que não gosta, e se relacionar de maneira saudável com a sua sexualidade. Solte a imaginação e se permita! Você merece!           

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